terça-feira, 3 de abril de 2012

Pátria minha

Como ainda estamos deixando reverberar a experiência de nossa viagem para o Equador e para o Sucre, compartilhamos um belo trecho do poema Pátria minha, de Vinícius de Morais. Ele demonstra de maneira muito bonita a saudade que o Brasil nos faz quando estamos longe...


"Se me perguntarem o que é a minha pátria direi:
Não sei. De fato, não sei
Como, por que e quando a minha pátria
Mas sei que a minha pátria é a luz, o sal e a água
Que elaboram e liquefazem a minha mágoa
Em longas lágrimas amargas.

Vontade de beijar os olhos de minha pátria
De niná-la, de passar-lhe a mão pelos cabelos...
Vontade de mudar as cores do vestido (auriverde!) tão feias
De minha pátria, de minha pátria sem sapatos
E sem meias pátria minha
Tão pobrinha!

Porque te amo tanto, pátria minha, eu que não tenho
Pátria, eu semente que nasci do vento
Eu que não vou e não venho, eu que permaneço
Em contato com a dor do tempo, eu elemento
De ligação entre a ação o pensamento"

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