DOROTÉIA

Sinopse do Espetáculo

Dorotéia, texto de Nelson Rodrigues e direção de Hebe Alves (Uma Vez Nada Mais), é uma realização do Panacéia Delirante e traz ao palco, numa trama rica em simbolismos, a história de uma mulher bela e exuberante, prostituta que, consumida pela culpa da morte do filho, pede morada na casa de suas primas: três viúvas puritanas e feias, que se orgulham de sua virtude - não dormem para não sonhar com o pecado da carne - , não enxergam os homens e mantêm uma tradição de repúdio ao amor e ao prazer.

As atrizes do grupo Panacéia Delirante - Camila Guilera, Jane Santa Cruz, Lara Couto, Lilith Marques e Milena Flick – se revezam na interpretação de todas as personagens da peça, num intrigante jogo de transições e trocas de papéis, desenvolvidos sob a inspiração de quadros de Toulouse-Lautrec e Edgar Degas.

O público, no decorrer da peça, se depara com estes quadros vivos, que fazem link com o universo de Nelson Rodrigues, revelando personagens femininas em situações limites através de uma encenação caleidoscópica, que discute aspectos que são inerentes à condição de todas as mulheres. Propõe-se, assim, um jogo: a “farsa irresponsável” (como o autor chamou sua peça) não destitui a obra da densidade de sua temática, mas sim institui um diálogo com o espectador.


PREMIAÇÕES:

Special Prize for Innovation and Creativity - 
VIII International "Teatralny Koufar”
(Minsk-Belarus)

Premio Nelson Brasil Rodrigues- 100 Anos do Anjo Pornográfico (FUNARTE)

Edital BNB de Cultura - Edição 2011/ Parceria BNDES 

Prêmio Myriam Muniz de Teatro 2009 (FUNARTE)



 


Ficha Técnica

DIREÇÃO: Hebe Alves

ELENCO: Camila Guilera, Jane Santa Cruz, Lara Couto,
  Lílith Marques e Milena Flick

TEXTO: Nelson Rodrigues

ASS. DE DIREÇÃO: Lucas Modesto

NÚCLEO GESTOR DE PRODUÇÃO: Panacéia Delirante, Hebe Alves, Lucas Modesto

ASS. DE PRODUÇÃO: Viviane Jacó e Daniela Chavéz

FIGURINO E MAQUIAGEM: Agamenon de Abreu

MODELAGEM E COSTURA: Guida Maria

COSTURAS: Célia Araújo, Maria Du Carmo e Maria José

CENÁRIO: Agamenon de Abreu, Hebe Alves

CENOTECNIA: Paulo Maurício, Agnaldo Queiroz

PENTEADOS: Deo Carvalho

ILUMINAÇÃO: Fernanda Paquelet

TRILHA SONORA: Luciano Bahia, Hebe Alves

MUSICAS: Frederic Chopin, Yann Tiersen

OPERAÇÃO DE SOM: Lucas Modesto

FOTOGRAFIA: José Cabaleiro

CONSULTORIA COREOGRÁFICA: Rita Brandi

AULA DE DANÇA FLAMENCA: Szely de Núñes

ARTE GRÁFICA: Lucas Modesto

ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA: Cardim Soluções Integradas

REALIZAÇÃO: Panacéia Delirante



A DIRETORA DO ESPETÁCULO 

Hebe Alves é doutora em Artes Cênicas, graduada em Direção Teatral e Formação do Ator pela Escola de Teatro da Universidade Federal da Bahia. Atualmente, é professora da UFBA e leciona disciplinas práticas do Bacharelado em nterpretação Teatral e integra o corpo de professores do Programa de Pós-Graduação em Artes Cênicas da UFBA. 

Como atriz atuou em cerca de quarenta espetáculos, dirigida por José Possi Neto, Luis Alberto Sofreddini, Ewald Hackler, Luís Marfuz, Harildo Déda, Márcio eirelles, Paulo Cunha, dentre outros. Vencedora, por três vezes, do Prêmio de Melhor Atriz e Atriz Coadjuvante do Troféu Martins Gonçalves.

Ministrou cursos de voz e interpretação para diversos grupos profissionais, além de integrar a equipe de professores dos Cursos Livres de Teatro a partir da década de 80, no Teatro Castro Alves e na Escola de Teatro.

Dirigiu interinamente o Departamento de Teatro da Fundação Cultural do Estado, sendo co-autora do Projeto Bahia em Cena. Durante os períodos compreendidos entre 1996/8 e 1998/2000, ocupou o cargo de Chefe do Departamento de Fundamentos do Teatro da Escola de Teatro da UFBA. 

Na década de 70, fundou o Grupo Avelãs e Avestruz, juntamente com Márcio Meireles e Maria Eugênia Millet, com os quais desenvolveu um projeto de pesquisa sobre o trabalho do ator que culminaram nos espetáculos Rapunzel, Alice — Fantasia Dramática, O Pai, Horácios e Curiáceos, Baal e Salomé, todos dirigidos por Márcio Meirelles. 

Em agosto de 98, participa com a peça Isso Assim Assado no Inferno, de José de Carvalho do V Festival Nordestino de Teatro, realizado em Guaramiranga — Ceará, conquistando os prêmios de Melhor Atriz (Maria Menezes) e Melhor Espetáculo. 

Dirigiu montagens dos cursos de graduação e extensão oferecidos pela Escola de Teatro da UFBA tais como A Falecida de Nelson Rodrigues; O Buraco é Mais Embaixo adaptação do romance Viagem ao Centro da Terra de Júlio Verne — Prêmio Destaque no XI Festival Universitário de Blumenau/SC, Melhor Espetáculo no IV Festival de Teatro de Ilhéus/BA, indicação para Melhor Espetáculo Infanto-juvenil e Melhor Autor, do Troféu Bahia Aplaude; Perdoa-me... adaptação de Perdoa-me por me Traíres, Os Sete Gatinhos, de autoria de Nelson Rodrigues; Os Melhores Anos de Nossas Vidas, de Domingos de Oliveira; Noites Vadias, de Cleise Mendes; Idas & Vidas, contemplada com os prêmios de Melhor Atriz Coadjuvate e Melhor Ator no Festival Nodestino de Teatro de Guaramirantga-CE, e Larilará Macunaíma Sarava, entre outras.

Em março de 2000, estreou InSônia, uma adaptação do texto Valsa Nº 6, de Nelson Rodrigues. Com o 14º Festival Universitário de Teatro de Blumenau, Santa Catarina InSônia inicia uma trajetória de importantes festivais e projetos dedicados ao fomento da atividade teatral no país tais como: O 25º FESTIVAL DE INVERNO DE CAMPINA GRANDE, PARAÍBA; O VII FESTIVAL NORDESTINO DE TEATRO DE GUARAMIRANGA, onde recebeu indicações para o prêmio de melhor iluminação e caracterização e foi vencedor do prêmio de melhor cenário. BALAIO BRASIL — um projeto do SESC/São Paulo, pelo qual fez duas apresentações no Teatro SESC Anchieta, em novembro do mesmo ano. Em dezembro de 2000, o espetáculo foi selecionado para participar do VIII FESTIVAL DE TEATRO INTERNACIONAL DE SIBIU (ROMÊNIA), sendo convidado para fazer mais duas aprentações em Bucareste pela Embaixada do Brasil na Romênia. Em abril de 2001, a montagem foi selecionada pelo projeto PALCO GIRATÓRIO, do SESC do Rio de Janeiro, e excursionou por diversas cidades do Rio Grande do Sul, Tocantins e Paraná. Em 2004, foi a vez de sua participação no FESTIVAL INTERNACIONAL DE LONDRINA, onde teve duas apresentações. Convidado pelo pela coordenação do projeto PRIMEIRO SINAL do SESC da Avenida Paulista esteve em cartaz na capital paulista nos meses de novembro e dezembro de 2006.

Em 2001, Hebe integrou a comissão julgadora do VIII FESTIVAL NORDESTINO DE TEATRO DE GUARAMIRANGA. 

Em 2004, recebeu o troféu de melhor Direção Artística do TROFÉU CAYMMI, com o show No Arco da Lua a Linha do Sol, com a cantora Márcia Castro, que recebeu o prêmio de Revelação. Em 2005, dirigiu a cerimônia de entrega do PRÊMIO BRASKEM de Teatro. Foi indicada como Melhor Diretora no PRÊMIO BRASKEM de Teatro 2002, por seu trabalho na peça Idas & Vidas. Em 2004, foi indicada como Melhor Atriz no PRÊMIO BRASKEM de Teatro, por sua atuação na peça Comédia do Fim. 

Em 2007, participa como curadora do Edital 2007 da CAIXA Cultural. Integra a ainda as equipe de Seleção do I Festival Nacional de Teatro da Bahia, de debatedores da XIV edição do Festival Nordestino de Teatro de Guaramiranga e participa da Comissão de Seleção do Edital do Núcleo de Teatro do Teatro Castro Alves. Como atriz, cumpre duas temporadas em teatros de Salvador com o espetáculo A Morte nos Olhos realização do Grupo de Pesquisa DRAMATIS e Grupo Interdisciplinar de Pesquisa e pós-graduação em Artes Cênicas intitulado: Do Texto à Encenação: Construções dramáticas e explorações cênicas acerca das noções de memória, alteridade e narrativa. Sob orientação de Antonia Pereira Bezerra. 

Em 2008, participou, juntamente com Sérgio Farias, da Elaboração do Projeto Político - Pedagógico para a ECOA-Sobral, referente à concepção de Cursos de Graduação em Teatro na Universidade Estadual Vale do Acaraú. Passa a integrar a equipe de pesquisadores orientadores do CNPQ/PIBIC com projeto de pesquisa: Da Negação do Amor: Um Estudo da Anatomia Emocional das Personagens da peça Dorotéia de Nelson Rodrigues. Atua como Avaliadora no XI Festival Recife do Teatro Nacional. 

Em 2009 dirigiu o espetáculo Uma Vez Nada Mais, com as atrizes Aícha Marques e Maria Menezes, com o qual conquistou o Prêmio Braskem de Teatro 2009, na categoria de Melhor Espetáculo, além do prêmio de Melhor Atriz, concedido a Aícha Marques por sua atuação no espetáculo.