COLECTIVO ÂMBAR


Histórico do Colectivo Âmbar


      Movidos pelo desejo de troca, de arte e de alteridade, jovens artistas da América Latina encontraram-se no IX Taller Internacional del Teatro Malayerba em Quito, Equador, 2010, e decidiram formar o Colectivo Ambar: estudantes de teatro, professores, atores, atrizes e diretores egressos das universidades de arte da Costa Rica, Brasil, Peru, Chile, Bolívia, Colômbia, México e Porto Rico, se encontraram como participantes do curso promovido pelo grupo de teatro Malayerba. A nona edição deste espaço de encontro internacional foi a primeira a receber participantes de tantos países distintos na casa rosada que, desde 1989, abriga um laboratório permanente para formação de jovens artistas.

      A troca com teatreros de diversas nacionalidades apontava para uma ampliação dos nossos horizontes artísticos, estéticos e políticos, enriquecendo a “bagagem” de cada um com vivências compartilhadas – alimento fundamental das gentes de teatro. Ao fim do Taller, houve a produção de células cênicas com criação e dramaturgia elaboradas através da metodologia do curso, cenas - algumas inclusive bilíngües - dirigidas e atuadas por integrantes de diversas nacionalidades. A explosão de uma qualidade artística distinta da que conhecíamos abria-nos os olhos para um horizonte de transculturação que não poderia morrer ali.

         Ainda em Quito, estruturamos o que hoje chamamos de Colectivo Ambar: uma rede de contato entre artistas Latino-Americanos que tem como objetivo maior investir numa formação artística baseada no intercâmbio entre as culturas de cada país e mais, entre as culturas pessoais - singulares e plurais - de cada membro integrante. O Colectivo é também um espaço dinâmico para o reconhecimento e a valorização das multiplicidades características de cada região ao mesmo tempo em que busca a subversão das próprias noções de fronteira e territorialidade, investigando a possibilidade de outras noções de pertencimento.

        O reflexo deste encontro foi sentido ao longo do ano que se seguiu nos trabalhos desenvolvidos pelos artistas e grupos que ali estiveram. Os membros do Colectivo mantiveram contato, o que resultou na articulação de um novo encontro, planejado para 2011, organizado por núcleos da Costa Rica (sob coordenação da estudante peruana Daniela Palomino) e do Brasil (grupo Panacéia Delirante - Salvador, Bahia).

        Assim, em 2011, no Laboratório Abierto – Encuentro Pedagógico com Yuyachkani em Lima (Peru), o Colectivo voltou a se encontrar num processo intensivo que envolveu novos grupos e artistas de outros países da América Latina, bem como da Espanha e do Canadá. Nesse encontro intensivo se solidificaram algumas premissas levantadas pelo Colectivo no ano anterior. A rede se estendeu para a chegada de novas pessoas interessadas num processo continuado de articulação internacional e promoção de encontros periódicos de intercâmbio.

        Não é possível elencar um perfil dos participantes ou um traço estético uno entre os membros deste Colectivo, que se caracteriza, de fato, pela heterogeneidade de origens e linguagens, que se encontram movidos por uma inquietação comum, pela necessidade de intercambio e diálogo.

      Ao longo deste ano, pretendemos seguir com a estruturação do Colectivo como um espaço de diálogo e de troca de conteúdos. Através de ferramentas virtuais, queremos fazer circular informações sobre espetáculos, pesquisas em desenvolvimento, festivais, editais e alternativas de fomento à cultura em cada país. A busca por alternativas de subsistência teatral é um dos pontos de discussão neste coletivo, que objetiva a colaborar com a permanência dos artistas e grupos filiados em seus respectivos cenários culturais.

           No início de 2012, o Colectivo Ambar organizou sua participação em dois novos cursos internacionais, promovidos por dois experientes e reconhecidos grupos Latino Americanos. Em janeiro, o Malayerba (Quito) ofereceu um novo “Taller”, configurado para o Colectivo Ambar que teve sua segunda experiência junto ao grupo. E em fevereiro, o encontro foi com o Teatro de Los Andes, na cidade de Sucre (Bolívia), em uma oficina exclusivamente voltada para os membros deste Colectivo.

Para mais informações, acesse o blog do Colectivo:


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