sábado, 28 de abril de 2012

Sobre os viajantes III


E compartilho com vocês as ultimas palavras de Viajantes pós-modernos - num trecho em que Guacira Lopes Louro também nos brinda com palavras de Larrosa -, especialmente para os viajantes do Colectivo Âmbar:

"[...] O viajante interrompe a comodidade, abala a segurança, sugere o desconhecido, aponta para o estranho, o estrangeiro. Seus modos talvez sejam irreconhecíveis, transgressivos, distintos do padrão que se conhece. Seu lugar transitório nem sempre é confortável. Mas esse pode ser também, em alguma medida, um lugar privilegiado que lhe permite ver (e incita outros a ver), de modo inédito, arranjos, práticas, e destinos sociais aparentemente universais, estáveis e indiscutíveis. Não se trata, pois, de tomar sua figura como exemplo ou modelo, mas de entendê-la como desestabilizadora de certezas e provocadora de novas “percepções”. “Mestre do negativo”, como diz Larrosa, este viajante “não ensina nada, não convida a ser seguido, simplesmente dá a distancia e o horizonte, o ‘não’ e o impulso para se caminhar” (Larrosa, 2000, p.60)" (2008, p.24). 

Referencia bibliográfica:

LOURO, Guacira Lopes. Viajantes pós-modernos, em Um Corpo Estranho: Ensaios sobre sexualidade e teoria queer. 1ed; Belo Horizonte: Autêntica, 2008; p. 11-25.


Nenhum comentário:

Postar um comentário