E compartilho com vocês as
ultimas palavras de Viajantes
pós-modernos - num trecho em que Guacira Lopes Louro também nos brinda com palavras de Larrosa -, especialmente para os
viajantes do Colectivo Âmbar:
"[...] O viajante interrompe a
comodidade, abala a segurança, sugere o desconhecido, aponta para o estranho, o
estrangeiro. Seus modos talvez sejam irreconhecíveis, transgressivos, distintos
do padrão que se conhece. Seu lugar transitório nem sempre é confortável. Mas
esse pode ser também, em alguma medida, um lugar privilegiado que lhe permite
ver (e incita outros a ver), de modo inédito, arranjos, práticas, e destinos
sociais aparentemente universais, estáveis e indiscutíveis. Não se trata, pois,
de tomar sua figura como exemplo ou modelo, mas de entendê-la como
desestabilizadora de certezas e provocadora de novas “percepções”. “Mestre do
negativo”, como diz Larrosa, este viajante “não ensina nada, não convida a ser
seguido, simplesmente dá a distancia e o horizonte, o ‘não’ e o impulso para se
caminhar” (Larrosa, 2000, p.60)" (2008, p.24).
Referencia bibliográfica:
LOURO, Guacira Lopes. Viajantes pós-modernos, em Um Corpo Estranho: Ensaios sobre
sexualidade e teoria queer. 1ed; Belo Horizonte: Autêntica, 2008; p. 11-25.
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